No rescaldo das eleições, a oposição angolana já começou a denunciar as diversas irregularidades verificadas. Está a acontecer precisamente o que devia ter sido evitado a todo o custo dada a delicadeza do presente acto eleitoral.
A UNITA denunciou irregularidades nas mesas de voto e pede agora a repetição das eleições em Luanda. A FNLA considerou que o processo eleitoral “está viciado”, tendo ocorrido “atropelos gravíssimos”. Acrescentou ainda que tudo isto foi feito “de forma deliberada". Por seu turno, o PRS criticou a desorganização do processo, assumindo que vai requerer a anulação da eleição.
Sabendo-se a delicadeza do presente acto eleitoral, como foi possível tamanha “desorganização”? O argumento da falta de experiência na organização de actos eleitorais é demasiado leviano… Veremos agora como tudo isto se resolverá.
A UNITA denunciou irregularidades nas mesas de voto e pede agora a repetição das eleições em Luanda. A FNLA considerou que o processo eleitoral “está viciado”, tendo ocorrido “atropelos gravíssimos”. Acrescentou ainda que tudo isto foi feito “de forma deliberada". Por seu turno, o PRS criticou a desorganização do processo, assumindo que vai requerer a anulação da eleição.
Sabendo-se a delicadeza do presente acto eleitoral, como foi possível tamanha “desorganização”? O argumento da falta de experiência na organização de actos eleitorais é demasiado leviano… Veremos agora como tudo isto se resolverá.
3 comentários:
Realmente as eleições em Angola estão envoltas em uma nuvem de incertezas e falhas. Mas é comum que um país após anos sem eleição passe por tal agonia. Aqui no Brasil, após trinta anos sem eleições diretas para presidente (1960 - 1989), enfrentamos em 1989 o mesmo percalço, que culminou na ascensão de Fernando Collor de Mello. Parece incompreensível para os europeus, mas creio que é apenas um passo para efetivação de uma democracia jovem como Angola. Aos poucos tudo entrará nos eixos. A única coisa que espero é que para tal não ocorra em Angola o mesmo que em 1992. Isso já é um grande passo para curar uma ferida aberta por séculos.
Apraz-me perguntar porque demoraram 16 anos a preparar o 1º acto eleitoral?
Será porque, também a oposição, tem estado comodamente a usufruir das riquezas naturais do país?
Agora todos querem o bolo principal, e pode começar a crescer uma verdadeira onda de contestação aos poderes instalados em Luanda.
N.B.- uma vergonha, a censura (não concederem vistos de entrada) das autoridades de Luanda, que inviabilizaram a presença de alguns jornalistas portugueses em teritório Angolano, impedindo-os, assim, de acompanharem, in loco, o processo eleitoral.
Caro JRV, aproveito para cumprimentá-lo, e dizer-lhe que, após uma ausência blogosférica, estou de regresso a estes espaços de opinião livre.
Um grande abraço e boas "postas".
G. Cain: Também quero naturalmente que tudo entre nos eixos. Mas, infelizmente, pouco parece ter sido feito neste acto eleitoral para que tal acontecesse. Compreendo a sua visão, mas temo
que os erros cometidos tenham sido demasiado crassos. Mas a ver vamos.
Pedro Lopes: Inclinava-me mais a dizer que a oposição luta sobretudo por existir num país onde um partido se confunde com o Estado...
Há muito que não o via por estas bandas. Bom regresso.
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