segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Há apenas três meses era complicado, mas a partir de agora é que vai ser?

«Ontem, ao apresentar a moção no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, o líder do PS afirmou mesmo que em relação à defesa do casamento entre pessoas do mesmo sexo era altura de os socialistas o defenderem "sem tibiezas e sem meias soluções"». (Sócrates, Congresso do PS, 19-01-2009)

Não tenho dúvidas que a promessa de Sócrates (antecipada pelo DN na passada quarta-feira) conseguirá encher de esperança muitos daqueles que viram tal direito ser-lhes negado até ao presente. Afinal de contas, trata-se de um partido do centro, com grandes hipóteses de voltar a ser governo, a comprometer-se com tal medida. E sim, importa não esquecer que tal direito apenas é reconhecido hoje em 6 ou 7 países.
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É um grande passo, sem dúvida. Mas é um grande passo que acontece apenas três meses depois de um comportamento vergonhoso levado a cabo pelo próprio PS. É triste constatar-se como os direitos podem estar sujeitos a questões tão mundanas como a agenda ou o puro calculismo político…
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Diria até que a promessa dos socialistas de discussão destas matérias na sociedade portuguesa durante a presente legislatura acabou por ser cumprida não devido à iniciativa dos próprios. Mas sim, de forma muito atribulada, pela discussão gerada há três meses em torno dos projectos do Bloco e dos Verdes (projectos considerados por alguns como puramente “desestabilizadores”). Curioso, não?

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