sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Novidades, novidades?

Tudo na mesma, portanto… A comunidade internacional do costume, demasiado comprometida, demonstra mais uma vez não ter capacidade para actuar no âmbito do conflito israelo-palestiniano. Mais uma vez, a ONU não é levada a sério.
.
Talvez apenas uma forte mudança no tabuleiro de xadrez conseguiria mudar algo. Algumas esperanças são depositadas em Obama. A carta pública de Uri Avnery (ex-deputado do Knesset e ex-soldado que ajudou a fundar Israel) é um exemplo deste sentimento. Esperemos que algo mude a partir do dia 20. Mas com expectativas em abaixo. Em campanha, Obama não mostrou pretender que o papel dos Estados Unidos no tabuleiro do israelo-palestiniano mude significativamente. A ver vamos…

3 comentários:

Anónimo disse...

Por falar em resoluções que não são cumpridas, sabe-me informar se aquela resolução da ONU, que obrigava ao desarmamento do Hezbollah foi levada a sério ?

Já agora diga-me : se Israel fizer um cessar fogo e retirar as tropas de Gaza, e os tipos do Hammas continuarem a mandar rockets para cima de escolas, como fizeram há 3 semanas atrás, a quem vai Israel pedir para que tais ataques terminem ? E a esquerda caviar portuguesa, se tal acontecer, tenciona fazer alguma manif de protesto ? Ou acha que nessa (mais do que certa) hipótese, Israel só tem é de aguentar com os rockets, caladinho, bem caladinho, para não exarcebar os progressitas radicais europeus ?

Al disse...

a esquerda caviar, blá, blá, não há paciência para estes marretas.

Jrv, tu que vens dessas áreas, serás capaz de me dizer como se justifica a política americana na região? Se aquilo está assim é porque os americanos querem. O que me chateia não perceber é porquê. E pouco se fala disso...parece que é tudo evidente.
ab
renegade

João Ricardo Vasconcelos disse...

Chico da Tasca: Por falar em resoluções da ONU, acho que o melhor é não ir por aí, como certamente concordará.

Quanto à hipótese que coloca, prefiro colocá-la de outra maneira: quanto mais ofensivo Israel for, mais rockets de agradecimento receberá. Ou acha que é com bombas e naturais mantanças de inocentes que se acabam com fundamentalismos assentes em guerrilhas urbanas?

Al: É uma boa questão. Não sou de facto grande conhecedor deste dossier. Mas diria, em poucas palavras, que, por um lado, a politica externa americana sempre foi influenciada neste domínio pela dimensão do seu eleitorado judeu. Por outro lado, o facto de alguns movimentos/países árabes serem pouco amigos dos americanos e terem tido algumas influências socialistas em termos ideológicos.

Sobre se os EUA têm de facto interesse em manter o referido status quo, diria que são de alguma forma reféns de Israel, ao mesmo tempo que persistem em ver em Israel o seu único natural aliado na região. Se a isto aliarmos a questão da coerência e os efeitos bola de neve de se assumir uma posição, se calhar temos uma resposta aproximada à tua questão.

ab.