No seguimento de um post abaixo, o Paulo Pereira do Basalto Negro formula o seguinte paralelismo: “Se um movimento como o Hamas tomasse o poder em Marrocos e tivesse estas pretensões em relação a Portugal [destruir o nosso país] o que fariamos nós?”
Como é evidente, um tal paralelismo (assim como muitos outros) revela-se extremamente simplista dado o complexo historial do conflito israelo-palestiniano. De qualquer modo, os paralelismos como este podem ser sempre importantes para clarificar ideias e formas de ver o mundo.
Se um movimento radical como o Hamas tomasse o poder em Marrocos, não reconhecesse Portugal, quisesse destruir este país, mandasse para cá rockets com vista a difundir o terror e semeasse ódio assente em fanastismo religioso contra este país, de uma coisa eu estaria (e estou) certo: quantas mais bombas para lá enviássemos, mais ódio, rockets e mártires receberiamos em troca. Excessivo simplismo da minha parte?
Como é evidente, um tal paralelismo (assim como muitos outros) revela-se extremamente simplista dado o complexo historial do conflito israelo-palestiniano. De qualquer modo, os paralelismos como este podem ser sempre importantes para clarificar ideias e formas de ver o mundo.
Se um movimento radical como o Hamas tomasse o poder em Marrocos, não reconhecesse Portugal, quisesse destruir este país, mandasse para cá rockets com vista a difundir o terror e semeasse ódio assente em fanastismo religioso contra este país, de uma coisa eu estaria (e estou) certo: quantas mais bombas para lá enviássemos, mais ódio, rockets e mártires receberiamos em troca. Excessivo simplismo da minha parte?
6 comentários:
o único simplismo possivel é que a unica coisa que Portugal teve em Marrocos foi uma cidade e por pouco tempo. Ao povo escolhido por deus foi-lhe dado um territorio que obrigou quem lá vivia a ser perseguido. Tirem-nos de lá e simplesmente o problema desaparece. Simples, né?
Pois, já disse o que não faria.
Gostarias de saber o que iria fazer; alvitro algumas hipóteses:
- rezar?
- esconder-se debaixo da cama?
- abrir um guarda-chuva?
- suicidar-se antes de o matarem?
Não é simplismo nenhum pois entre os árabes colhe a ideia de comnbater os cristãos de península ibérica que os expulsaram daqui e não escondem que as suas "guerras santas" se podem estender até cá!! E o calíbre sanguinário dos radicais árabes não pode ser subestimado. E parece que, a quem compete velar por estas coisas, a atenta observação da ameaça é mesmo levada a sério. Espero bem que sim!
Bem, confesso que o meu paralelismo tem alguma simplicidade, mas poderá ser necessário para abordar esta problemática. O que eu entendo, é que os fundamentalistas árabes (da qual fazem parte o Hezbolah e Hamas) não aceitam a existência do estado de Israel com estas fronteiras, nem com as de 1967. Não sejamos ingénuos, o seu objectivo é puramente eliminar Israel. Portanto, não consigo descortinar como Israel pode negociar, a não ser a sua rendição.
Se não há solução política, resta a solução militar, de modo a enfraquecer o inimigo e dar tempo a que surjam novos interlocutores. A história diz-nos que o Hamas arma-se em tempo de paz, e Israel, ciclicamente, é obrigada a entrar em guerra de modo a destruir o arsenal do Hamas. Quanto maior for o tempo de “paz”, maior será o problema para Israel.
Quanto aos fundamentalistas árabes, é bom recordar que estiveram quase a tomar o poder na Argélia, fizeram atentados em Marrocos e na nossa vizinha Espanha. Não estou a dizer que o Hezbolah e Hamas estão ligados à Al quaeda, mas conheço grupos mais distantes ideologicamente que uniram esforços, como as FARC e o IRA.
Contudo, acho que quem tem soluções para este conflito deve pronunciar-se. Fico à espera.
"O que eu entendo, é que os fundamentalistas árabes (da qual fazem parte o Hezbolah e Hamas) não aceitam a existência do estado de Israel com estas fronteiras, nem com as de 1967. Não sejamos ingénuos, o seu objectivo é puramente eliminar Israel."
Lamento, mas isto é de uma ignorância atroz. O pior cego é o que não quer ver. O problema é que israel não aceita as fronteiras definidas em n acordos e recusa-se a cumprir dezenas de resoluções da ONU. Esse é que é o problema, porra!
Até parece que os "fundamentalistas árabes" (eis como a linguagem das centrais de informação passa uma borracha na realidade) estão na ofensiva na palestina, têm dos maiores e melhor equipados exércitos e serviços secretos do mundo, bomba atómica e a economia financiada pelos EUA. E constroem colonatos em terras roubadas a quem lá está e expulsam pessoas da sua terra. Até parece. Não há solução política porque não interessa a israel uma solução política. Acham que no governo e nas elites de israel não há "fundamentalistas"? Porquê? Porque usam gravata e kippah e ficam bem na TV?
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