No dia em que votou contra a revisão do Código de Trabalho, Manuel Alegre resolveu mandar um forte recado à JS: “Tenho pena que a Juventude Socialista só fale destas questões fracturantes [casamentos homossexuais], que estão na moda, e não fale das grandes questões sociais do país”.
Como é evidente, Alegre referia-se sobretudo às questões laborais. Demonstrou desilusão por a irreverente JS ter mantido um silêncio comprometedor sobre a revisão do Código e por os seus deputados o terem aprovado sem manifestarem quaisquer reticências.
Não haja dúvidas que a última direcção da JS assumiu uma postura bastante mais à esquerda do que o seu partido. A actual direcção parece querer manter o referido rumo. No entanto, como é de senso comum, não é fácil ser-se um “jovem irreverente à esquerda” quando o seu partido se encontra no poder. Podem assumir-se posições à esquerda do partido, mas raramente em questões quentes do combate político.
Neste sentido, o desabafo de Alegre caiu mal nos dirigentes da JS, pecando precisamente por ter um fundo de verdade bastante incómodo. Se a referida verdade viesse de uma JCP ou de um BE, a JS saberia bem lidar com ela. Mas quando é sublinhada por um camarada que até inspira muitos jovens socialistas, é natural que os dirigentes da JS se sintam ofendidos. As suas reacções à comunicação social (aqui e aqui) demonstraram isso mesmo...
Como é evidente, Alegre referia-se sobretudo às questões laborais. Demonstrou desilusão por a irreverente JS ter mantido um silêncio comprometedor sobre a revisão do Código e por os seus deputados o terem aprovado sem manifestarem quaisquer reticências.
Não haja dúvidas que a última direcção da JS assumiu uma postura bastante mais à esquerda do que o seu partido. A actual direcção parece querer manter o referido rumo. No entanto, como é de senso comum, não é fácil ser-se um “jovem irreverente à esquerda” quando o seu partido se encontra no poder. Podem assumir-se posições à esquerda do partido, mas raramente em questões quentes do combate político.
Neste sentido, o desabafo de Alegre caiu mal nos dirigentes da JS, pecando precisamente por ter um fundo de verdade bastante incómodo. Se a referida verdade viesse de uma JCP ou de um BE, a JS saberia bem lidar com ela. Mas quando é sublinhada por um camarada que até inspira muitos jovens socialistas, é natural que os dirigentes da JS se sintam ofendidos. As suas reacções à comunicação social (aqui e aqui) demonstraram isso mesmo...
2 comentários:
Nem mais, meu caro. É que a questão do casamento homossexual é algo que acaba por ser fácil tomar posição, por parte da JS, porque não é um assunto que toca directamente à larga maioria dos portugueses. No lado oposto está o Código do Trabalho.
O sr. Alegre não é nada homofobico, nao...
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