O Director do Jornal de Angola dedicou um inflamado editorial à polémica. Acusa Lisboa de ser o “centro das conspirações contra Angola” e acusou também a comunicação social portuguesa (nomeadamente o director do Expresso) de difundir mentiras sobre a realidade angolana e de injuriar e difamar os governantes do país.
As trocas de acusações entre países resvalam rapidamente para nacionalismos infundados. Embora tal não se aplique ao director do Jornal de Angola (que é propriedade do Estado), é compreensível que os angolanos não apreciem que o seu Governo seja mal-tratado. O mesmo raciocínio poderia aliás aplicar-se ao contrário: os portugueses criticam naturalmente o seu governo, mas provocar-lhes-ia comichão se alguém externo afirmasse que Portugal é governado por incompetentes ou corruptos.
Posto isto, não vale a pena comentar as acusações do director do Jornal de Angola. Comentá-las implicaria desviar o debate das questões que originaram a polémica: a corrupção e o desrespeito pelos direitos humanos. Dada a resposta previsível de alguns sectores angolanos, seria muito mais profícuo que os directores e colunistas da nossa imprensa se interrogassem também sobre o que Portugal tem feito (e o que não tem feito!) para que o cenário angolano mude. Neste tipo de questões, não chega atirar pedras ou apenas constatar o que é evidente.
As trocas de acusações entre países resvalam rapidamente para nacionalismos infundados. Embora tal não se aplique ao director do Jornal de Angola (que é propriedade do Estado), é compreensível que os angolanos não apreciem que o seu Governo seja mal-tratado. O mesmo raciocínio poderia aliás aplicar-se ao contrário: os portugueses criticam naturalmente o seu governo, mas provocar-lhes-ia comichão se alguém externo afirmasse que Portugal é governado por incompetentes ou corruptos.
Posto isto, não vale a pena comentar as acusações do director do Jornal de Angola. Comentá-las implicaria desviar o debate das questões que originaram a polémica: a corrupção e o desrespeito pelos direitos humanos. Dada a resposta previsível de alguns sectores angolanos, seria muito mais profícuo que os directores e colunistas da nossa imprensa se interrogassem também sobre o que Portugal tem feito (e o que não tem feito!) para que o cenário angolano mude. Neste tipo de questões, não chega atirar pedras ou apenas constatar o que é evidente.
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