Dezenas de milhares pessoas assistiram ao discurso de Obama em Berlim. O que leva tanta gente a querer ouvir o candidato democrata americano? Esperança no facto do senador poder representar uma viragem no gigante americano? Ou o mediatismo contagioso da sua figura e tudo o que parece representar?
Diria que ambas as hipóteses e muitas outras podem explicar a adesão europeia à febre Obama. Depois do cataclismo Bush, Obama representa tudo o que uma larga fatia do eleitorado europeu aprecia. O seu posicionamento mais à esquerda, mais europeu, em termos de políticas sociais e a sua oposição à guerra do Iraque são alguns dos factores determinantes neste sentido.
Mas é interessante verificar como o discurso da esperança e da mudança consegue arrecadar tantos fans deste lado do Atlântico. É que, goste-se ou não, Obama resulta também do modo de fazer campanha americano, com todo um aparato e espectáculo pouco usual na Europa. No caso de Obama, a fronteira entre o candidato e a pop star acaba por ser ténue.
Neste contexto, poderia uma figura como Obama aparecer no panorama político europeu? Dificilmente… De sonhador rapidamente passaria a populista e demagogo. No entanto, são precisamente estas características de sonhar e de acreditar que estão a ser tão apreciadas por estas bandas. Um curioso paradoxo, não?
Diria que ambas as hipóteses e muitas outras podem explicar a adesão europeia à febre Obama. Depois do cataclismo Bush, Obama representa tudo o que uma larga fatia do eleitorado europeu aprecia. O seu posicionamento mais à esquerda, mais europeu, em termos de políticas sociais e a sua oposição à guerra do Iraque são alguns dos factores determinantes neste sentido.
Mas é interessante verificar como o discurso da esperança e da mudança consegue arrecadar tantos fans deste lado do Atlântico. É que, goste-se ou não, Obama resulta também do modo de fazer campanha americano, com todo um aparato e espectáculo pouco usual na Europa. No caso de Obama, a fronteira entre o candidato e a pop star acaba por ser ténue.
Neste contexto, poderia uma figura como Obama aparecer no panorama político europeu? Dificilmente… De sonhador rapidamente passaria a populista e demagogo. No entanto, são precisamente estas características de sonhar e de acreditar que estão a ser tão apreciadas por estas bandas. Um curioso paradoxo, não?
2 comentários:
Raramente estou de acordo com Socrates, contudo concordo com a sua rela politik do petróleo.
deveremos ser intransigentes nos direitos humanos, mas sempre no quadro da ONU.
Quanto a Obama, estou perplexo com tanta unanimidade. A política externa dos EUA raramente sobre grndes mudanças.
Obama gosta de dizer, e sabe, o que nós gostamos de ouvir. Por cá até me lembra o Guterres.
Contudo daqui à realidade há um longo caminho.
Exactamente porque alimenta o sonhador é que a Europa o aprecia, cansada que está de politicos que são, eles próprios, um pesadelo autêntico...
Resta esperar para ver a "cor" do sonho.
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