O Banco Central Europeu anunciou uma nova subida das taxas de juro. A subida dos combustíveis tem preocupado e feito correr muita tinta, mas arrisco dizer que a subida das taxas de juro que mais está a conseguir asficiar os orçamentos das famílias.
Em cerca de três anos, as subidas constantes implicaram que os encargos com os créditos à habitação tenham aumentado de forma exponencial. Para empréstimos de 150 000, nas condições mais frequentes praticadas no mercado, os encargos podem ter subido acima dos 30%. Quem em 2005 pagava cerca de 600 €, hoje está a despender para cima de 800 €. Um esforço verdadeiramente sufocante para as classes média/ média baixa.
Como palavras de incentivo a este esforço, o Governador do Banco Central Europeu voltou a apresentar as seguintes justificações para a subida agora decretada: visa conter ”os riscos inflacionistas e prevenir os efeitos indirectos perigosos, em particular do aumento generalizado e durável dos preços através da subida acentuada dos salários”. Humm… Convincente e animador, não?
Uma vez que Vítor Constâncio tem assento no Conselho de Governadores do BCE, órgão que determina estas subidas, se calhar já era tempo de vir dar a cara por este tipo de decisões. Independentemente de Constâncio votar ou não estas decisões, Portugal possui um representante no referido Conselho de Governadores. Parece-me pouco justo que seja apenas o longíncuo Sr. Trichet a ficar com os louros destas políticas.
Em cerca de três anos, as subidas constantes implicaram que os encargos com os créditos à habitação tenham aumentado de forma exponencial. Para empréstimos de 150 000, nas condições mais frequentes praticadas no mercado, os encargos podem ter subido acima dos 30%. Quem em 2005 pagava cerca de 600 €, hoje está a despender para cima de 800 €. Um esforço verdadeiramente sufocante para as classes média/ média baixa.
Como palavras de incentivo a este esforço, o Governador do Banco Central Europeu voltou a apresentar as seguintes justificações para a subida agora decretada: visa conter ”os riscos inflacionistas e prevenir os efeitos indirectos perigosos, em particular do aumento generalizado e durável dos preços através da subida acentuada dos salários”. Humm… Convincente e animador, não?
Uma vez que Vítor Constâncio tem assento no Conselho de Governadores do BCE, órgão que determina estas subidas, se calhar já era tempo de vir dar a cara por este tipo de decisões. Independentemente de Constâncio votar ou não estas decisões, Portugal possui um representante no referido Conselho de Governadores. Parece-me pouco justo que seja apenas o longíncuo Sr. Trichet a ficar com os louros destas políticas.
2 comentários:
Subscrevo o post, sobre tudo na parte que toca à excessiva atenção ao preço dos combustiveis e nemos ou nehuma à questão das taxas de juro.
O governo é confrontado pela generalidade da população pela ausência de medidas para atenuar a subida do preço do crude, mas ninguem o questiona sobre qual posição oficial do nosso Governados no BCE, o Sr. Constancio.
Enfim a opinião pública não segue uma lógica racional (distinta àquela que vem dos Media)!!
Também concordo. As subidas consecutivas das taxas de juro, são a forma de centralmente combaterem a inflação, mas a que custo ? Só faz sentido conter a inflação se as coisas estiverem bem. Como claramente não estão (não é a inflação que está a ditar os preços do petróleo e bens alimentares), subir as taxas de juro só é óptimo para uns: os ricos, que têm assim o seu dinheiro a render mais do que nunca.
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